A NOSSA PRAÇA

Todos os dias eu caminho com você.
A gente se encontra naquela praça, sem nome,
abandonada,mas que nós dois a amamos muito.
Lá, sob a sombra dos eucalipitos que balançam e
nos protege do sol.
Sentamos em seus bancos de pedras e alí ,
nos beijamos e trocamos abraços e juras de amor
sob o testemunho da lua que ilumina a nossa noi-
te. É lá naquela praça cercada por edifícios de
de luxo, que alguns casais, como nós, vivem mo-
mentos de felicidade e de muito amor.
Poucas pessoas passam por alí. Tudo é silên-
cio naquela praça que nós a chamamos carinhosa-
mente, de nossa pracinha... É lá que planejamos os
nossos encontros secretos e conversamos sobre
como seria bom se pudessemos ficar juntos para
sempre. É naquela praça que você me conta como
foi a sua noite em casa...se sonhou comigo, se dor-
miu bem...se ficou na janela olhando a lua e lem-
brando de nós dois.
Depois, é a minha vez de contar-lhe como foi o
meu dia. É naquela praça, onde à noite os casais a
transformam em Motel público, pois muitas vêzes
ao chegarmos lá pela manhã, ficamos tristes por
encontrarmos jogadas ao chão, camisinhas, restos
de bebidas deixadas sobre os bancos, mostrando a
falta de respeito aos que a frequentam com o íntui-
to, tão somente, de desfrutar do local, namorando
respeitosamente.
Que injustiça cometem contra tí, nossa pracinha
querida. Mas nós, nunca vamos esquecer de você.
Enquanto vivermos, estaremos todos os dias pela
manhã, sentado em teus bancos e colocando para
tí, a história do nosso amor e os nossos segrêdos,
enquanto vivermos. Obrigada pracinha querida...
nós te amamos e nunca vamos abandonar você!


-Do meu livro " SONHOS DESFEITOS", a ser editado.