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domingo, 28 de junho de 2009

INÁCIO MEIRA PIRES



Texto de: JADSON DE QUEIROS





Inácio de Meira Pires, nasceu em Ceará-Mirim, no ano de 1928, na antiga rua São José, vizinho ao Centro Esportivo e Cultural. Descendente da estirpe dos Meira, sendo o Eminente Humanista e Jurista Dr. Olyntho José Meira, o seu bisavô. Desde muito cedo despertou-lhe a vocação teatral, fazendo teatro no quintal de sua casa. Estava nascendo aí, o maior homem de teatro do Rio Grande do Norte e o primeiro Teatrólogo filho de Ceará-Mirim.

Vindo morar em Natal, fundou o Teatro Mocidade e o teatro de Bairro. Escreveu a sua primeira peça que se chamou de Destino. Aos 19 anos ocorria o lançamento da sua comédia, nacionalmente, O Bonitão da Família, por nada mais, nada menos do que o maior ator da época Procópio Ferreira. De então em diante, não fez outra coisa, senão se dedicar de corpo e alma ao teatro, quer seja escrevendo, dirigindo ou representando.

Na peça - ainda inédita - O homem é o lobo do homem - a evocação do Ceará-Mirim está presente no diálogo de Bento e Dorinha, lembrando o bueiro do Engenho Jericó, a igreja de torres compridas, a Virgem da Conceição. Nesta peça, Meira Pires mostra todo o seu amor por Ceará-Mirim, a sua terra amada. Lembra o menino da rua São José, que passou a sua infância entre o seu Jericó e a rua que tanto amava.

Foi Meira Pires, o primeiro filho do Nordeste a ocupar o cargo de Diretor do Serviço Nacional de Teatro, onde lançou o Plano Nacional de Popularização do teatro, recebendo por isto, a homenagem da Sociedade Brasileira de Autores Teatrais (SBAT), colocando no jardim do Teatro Alberto Maranhão, o seu busto. Além disso, várias placas em bronze assinalam as atividades fabulosas em benefício da cultura teatral brasileira.

Foi biógrafo amoroso e conservador do grande Alberto Maranhão, o mecenas da cultura do Rio Grande do Norte. por mais de vinte e três anos Diretor e Superintendente do teatro Alberto Maranhão. Meira Pires, fazia do Teatro Alberto Maranhão, o seu lar artístico durante toda a sua vida. De temperamento forte, predestinado para vencer desafios, Meira, era um amigo leal e sincero. relembro Meira boêmio, o notívago, o pai amável, o esposo querido, o cidadão comum. Meira a figura humana da paisagem da cidade, sua presença marcante dentro da noite, varando madrugadas na conversa gostosa das esquinas e bares. Ninguém melhor do que ele soube viver o dia-a-dia desta cidade, Na peça - ainda inédita - O homem é o lobo do homem - a evocação do Ceará-Mirim está presente no diálogo de Bento e Dorinha, lembrando o bueiro do Engenho Jericó, a igreja de torres compridas, a Virgem da Conceição. Nesta peça, Meira Pires mostra todo o seu amor por Ceará-Mirim, a sua terra amada. Lembra o menino da rua São José, que passou a sua infância entre o seu Jericó e a rua que tanto amava.

Foi Meira Pires, o primeiro filho do Nordeste a ocupar o cargo de Diretor do Serviço Nacional de Teatro, onde lançou o Plano Nacional de Popularização do teatro, recebendo por isto, a homenagem da Sociedade Brasileira de Autores Teatrais (SBAT), colocando no jardim do Teatro Alberto Maranhão, o seu busto. Além disso, várias placas em bronze assinalam as atividades fabulosas em benefício da cultura teatral brasileira.

Câmara Cascudo certa vez o chamou de Ventania do Nordeste.

Na sua posse na Academia Norte-Riograndense de Letras, foi saudado, pelo Escritor filho de Ceará-Mirim, Nilo Pereira, que em seu discurso, chamou aquela noite maravilhosa, de a noite do Ceará-Mirim, pois lá estava o mestre Edgar Barbosa, filho também do Ceará-Mirim.

Na sua saudação a Meira Pires, disse o Mestre Nilo Pereira: “Creio que levais as folhas secas, para que na estrada, às vezes à espera, reverdeçam as árvores do idealismo sempre posto à prova. Mais do que, como disse o mestre Cascudo, ventania, acontece às vezes desabais como furacão. Podemos sentir à distância os prenúncios da tempestade”. Mostra Nilo Pereira, nesta saudação a Meira Pires, toda a força intelectual deste cearamirinense bravo e forte. Escrevendo na orelha do livro de Meira Pires, “Teatro Alberto Maranhão e seu Patrono” disse o escritor Veríssimo de Melo: “Tudo isto é trabalho de um homem lúcido e determinado, que não mede sacrifícios para a consecução dos seus ideais, que ama verdadeiramente a arte cênica e para a qual o teatro é a razão maior de ser de sua vida”. Vejamos abaixo as obras publicadas e não publicadas de Meira Pires:.A mulher de preto (monólogo em dos atos); Um resto de tragédia (tragédia moderna em 3 atos); Teatro (contendo as peças Bonitão da Família e Senhora de Carrapicho); João Farrapo (peça em três atos); Cabeça do mundo (peça em três atos); Teatro que aprendí (estudos); Teatro Alberto Maranhão e seu Patrono (síntese histórica); O papel da Reserva Militar (conferência); Caxias, O Pacificador (conferência); TENAT (Um projeto cultural (discurso); Uma política de Teatro no desenvolvimento do Nordeste (estudo), dentre outras.

Hoje, relembramos um pouco da vida ínsigne teatrólogo. Tive a honra e a felicidade de ter privado de sua amizade, como seu compadre, amigo e companheiro de ofício. Ele costumava dizer que era o primeiro teatrólogo do Ceará-Mirim, e eu, o segundo, pois eu havia vindo depois dele. Não é por acaso que se nasce em Ceará-Mirim; não tive esse privilégio, mas nesta amada terra eu crescí, aqui nasceram meus filhos e hoje, parte dos meus netos, estão nascendo lá.

Meira Pires, faleceu prematuramente em novembro de 1982. Tem um personagem de Shakespeare chamado Hamlet, que ferido mortalmente, olhando o mar diz: “...só resta o silêncio...” Para você Meira Pires eu diria, olhando para o rio Ceará-Mirim ou Rio Azul, ferido não pela adaga do inimigo, como o personagem citado, mas sim, ferido pela saudade eu diria: só resta o silêncio profundo da tua ausência querida.

Esperamos que o Ceará-Mirim, através da Prefeitura Municipal e dos órgãos de cultura, façam Justiça prestando homenagem a este seu filho ilustre.

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