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domingo, 5 de abril de 2009

ÚLTIMOS VERSOS



Jadson Queiroz Alves


Esta dor cruel que rasga o meu peito
consequência de ter de perdê-la um dia
É como se todo o nosso amor fosse desfeito
e a tristeza de não mais viver, comigo seguiria.

Oh, morte onde estás que não me levas
para acabar de vez com esse sofrimento,
viver sem ela é como viver em trevas
e sem o seu amor, a vida é um constrangimento.

Sei que vou viver num mar tenebroso
como um náufrago em busca de salvação
andando por caminhos tristes e escabrosos
procurando arrancar a dor do meu coração.

Por quê perdê-la se a amo tanto?
Por quê não amá-la até morrer?
As respostas procuro e não encontro
são vazias e me fazem padecer.

Oh,Deus dos desamparados!
Não permitas que a tirem de mim!
Por que senão serei um eterno condenado
e vagarei sofrendo por caminhos sem fim.

Sinto que estou morrendo um pouco todo dia
meu corpo está frágil, tudo está acabado
e a alegria pouco a pouco se esvazia
sou um homem triste e cansado.

Adeus minha alma gêmea, até um dia,
serás para sempre minha musa inspiradora.
Se viver mil vidas, assim mesmo esperaria
para amá-la muito, numa aurora vidoura.

Esses últimos versos que escrevo,
despedida de um grande amor
que viví e que não mais vejo,
são como bálsamo para sarar a minha dor.

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